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Alguém assume sua culpa?

Postado por gritandobaixo On 06:23 2 comentários
O tema da educação talvez seja um dos assuntos mais comentados nos últimos dias no Rio Grande do Sul. Estamos acompanhando o desenrolar do conflito entre professores da rede pública e a cúpula do Governo Estadual.


O atrito entre professores e governo não é novidade. Há muitos anos que a categoria reivindica melhores condições de trabalho e aumento do piso salarial. No entanto, desta vez, os professores se revoltaram não apenas pelo descaso do Executivo, mas também pela tentativa do governo em votar contra um projeto de amplitude nacional, que estipula um piso de R$ 950, 00, excluindo as bonificações, para a categoria. O Governo Estadual solicita, em regime de urgência, a votação de um Projeto de Lei, que garante este mesmo valor, porém já atribuídas as contemplações.


Após muita discórida entre Governo e professores, a categoria decidiu, através de Assembléia Geral do Cpers sindicato, realizada no Gigantinho, em Porto Alegre, entrar em greve, na última sexta-feira (14).


Durante a semana, os professores realizaram audiências com deputados estaduais e reuniram assinaturas dos parlamentares, que se comprometeram a ajudar nas negociações e rejeitar o o pedido de urgência do projeto.


O clima ficou mais tenso no meio da semana, quando governo e magistério trocaram farpas e acusações. Na última quarta-feira(19), durante as comemorações do Dia da Bandeira, a Governadora do Estado acusou os manifestantes de vaiarem a execução dos hinos. Incomodada com a situação, a Governadora pediu silêncio aos professores, com o dedo à frente dos lábios, cena que causou irritação nos professores, que afirmam que gritaram apenas durante o intervalo, entre um hino e outro.




Ato da Governadora revoltou os manifestantes. Foto: Fernando Gomes


De um lado, uma categoria que reivindica seus direitos, mesmo que de forma extrema, utilizando da greve, para tais benefícios. De outro, o governo que tenta negociar o fim da paralisação, pensando exclusivamente em não afetar as contas e os cofres públicos.


Mas, e o lado dos alunos? Será que está em questão neste caso? Tanto professores, tanto governo analisam sobre a perspectiva de milhares de jovens que estão sendo prejudicados há uma semana e podem se prejudicar por mais alguns meses, talvez?


Enquanto as negociações se desenrolam, milhares de jovens estão sendo prejudicados diariamente. O que mais causa desconforto são os alunos que vão prestar vestibular no inicio de 2009. Além disso, a preocupação com a recuperação das aulas, atormenta famílias que já programaram suas férias no verão.


Um problema que se arrasta por anos e que talvez esteja distante de uma solução que agrade governo e professores. Neste caso, se existem culpados, não aparecerão para pagar sua culpa, sempre tentarão passá-la ao próximo. E o próximo a pagar será sempre o aluno da rede pública.
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Perdendo jovens

Postado por gritandobaixo On 08:56 0 comentários
Já não é mais novidade o fato dos jornais estamparem, muitas vezes em suas capas, notícias de jovens que morrem nas ruas de nossas cidades. As mortes são as mais diversas: acidentes de trânsito, seqüestros, doenças incuráveis, acerto de contas . . .

Mas, definitivamente, nenhuma morte causa tanta comoção na população e dor à família, quanto às causadas por arma de fogo, especialmente em tentativas de assalto.

Na noite desta quinta-feira, 06, mais um jovem da capital entrou para as tristes estatísticas. Trata-se do estudante Rafael Ferreira da Rosa, de 18 anos, que teve a vida retirada abruptamente, em uma tentativa de assalto no Bairro Cristal, em Porto Alegre. Rafael na foto. Divulgação ZH

Segundo relatos, um grupo de oito jovens abordou Rafael e dois amigos que o acompanhavam. Os amigos conseguiram fugir, mas Rafael foi baleado com um tiro e não sobreviveu, mesmo tendo sido socorrido rapidamente por policiais que avistaram, de dentro de um ônibus, o corpo do jovem.

Segundo a Polícia Civil, os assaltantes levaram o tênis de Rafael e seu skate, que valia aproximadamente 200 reais.

O caso chama a atenção por ter ocorrido em uma área muito vulnerável a este tipo de situação. Há pouco menos de um mês, o jornal Zero Hora divulgou pontos de conflitos entre traficantes e gangues na capital. Os locais são disputados pelos grupos, para manter o comando do tráfico de drogas. E justamente nas proximidades onde ocorreu a morte de Rafael.

O jornal teve acesso às informações sobre os pontos de conflito e divulgou, alertando a população e especialmente a polícia, que parece não ter visto a edição deste dia.

Mais uma vez, jovens pagam com as próprias vidas para manter o sistema do tráfico. No entanto, os problemas são mais agudos e complexos, já que provavelmente Rafael morreu pelas mãos de outro jovem, que sem possibilidade de inclusão, vê no tráfico uma forma de destaque e ascensão social.
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Eloá e seu espetáculo

Postado por gritandobaixo On 15:34 0 comentários
Será que existe algo mais revoltante do que o desfecho trágico no sequestro de duas jovens arquitetado por Lindemberg Alves, na penúltima semana, em São Paulo? Será que existe algo mais absurdo do que um sequestro, após mais de cem horas de negociação, em que o sequestrador recebeu todas as exigências feitas à polícia, em que até o diretor de um time de futebol se solidarizou com a situação e tentou ajudar nas negociações, resultar na morte de uma jovem de 15 anos, atingida por um tiro na cabeça e outro na barriga, e de sua melhor amiga, que sobreviveu mesmo após um tiro na boca?

Talvez exista sim, tão cruel quanto o final e tão absurdo quanto as causas do sequestro: a espetaculização do fato.

O Brasil inteiro parou para assisir. Televisores ligados em todas as casas, registravam, a todo instante, o desenrolar da ação; nas páginas da internet, notícias e fotos eram publicadas a cada minuto; nas conversas no trabalho, nas escolas, nas ruas, nos bares o assunto era o mesmo: o sequestro de Eloá Cristina Pimentel, planejado por seu namorado Lindemberg Alves, de 22 anos.

A população inteira se revoltou, se manifestou e se sentiu no direito de opinar sobre o que estava ocorrendo. Havia mais do que um sequestro. Havia ali, uma novela, com um novo capítulo a cada momento e em que todo se perguntavam como começou e até onde poderia chegar.

Infelizmente, o desfecho foi trágico, levando à morte da jovem Eloá, e um trauma à amiga Nayara mas para população não bastava apenas aceitar o final do sequestro, ela continuava interessada em assitir até o último episódio

E assim foi. Mais de quarenta mil pessoas, curiosos, possivelemente desconhecidos de Eloá, se deslocaram de suas casas para assistir "ao vivo" o velório e o enterro da jovem. Câmeras fotográficas e celularares eram utilizadas por jovens para resgistrar o último momento da jovem que "levou uma multidão a seu enterro", como anunciou um site de notícias.


Milhares de pessoas se deslocaram para assistir ao velório de Eloá. Foto: G1


E onde este espetáculo continua? Possivelmente nos perfis de orkut, nas comunidades relacionadas ao assunto, na troca de e-mails entre amigos e onde mais a curiosidade das pessoas, em relação à vida alheia permitir.
A grande contribuição para a super exposição do fato, cai sobre grande parte dos veículos brasileiros que noticiavam insistentemente a cada momento uma nova manchete, mesmo que esta nova manchete não tivesse absolutamente nada de novo.
A luta pela audiência deixou a programação da TV, nas últimas semanas, pautada basicamente pelos acontecimentos envolvidos no caso, onde a mesma cena, especialmente do desfecho do sequestro, era repetida diversas vezes durante o mesmo programa.

Infelizmente, não é o primeiro e nem será o último caso "espetacularizado" pela mídia. Já tivemos Suzane, Nardone e agora Lindemberg. Resta saber quem serão os próximos a fazer parte do espetáculo.
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Tortura diária

Postado por gritandobaixo On 16:29 0 comentários
A comodidade de dirigir um veículo pode não ser compartilhada por motoristas que são obrigados a enfrentar a BR 116 diariamente. Com projetos ainda sem previsão de saírem do papel, resta aos usuários uma dose de paciência e atenção para circular pela rodovia.

Mau humor, impaciência e desgaste são alguns dos sintomas de quem enfrenta diariamente o mesmo problema: encarar o tráfego da BR 116, a principal rodovia brasileira. Denominada Regis Bittencourt, a rodovia surgiu da necessidade em unir diversas regiões do Brasil em uma única estrada. Possuindo aproximadamente cinco mil quilômetros, a BR 116 abrange o país de Sul a norte, tendo sua origem na cidade de Fortaleza, no Ceará, e o término em Jaguarão, no Rio Grande do Sul, atingindo um total de dez estados brasileiros.

No entanto, nos últimos anos, o aumento excessivo da quantidade de veículos trafegando e poucos investimentos feitos para ampliação e duplicação da rodovia, resultaram em pontos extremante caóticos para o tráfego em determinados horários, como é o caso, por exemplo, do trecho que liga a capital Porto Alegre a cidades da região metropolitana, como: Canoas, Esteio, Sapucaia, São Leopoldo e Novo Hamburgo.

Os transtornos atingem a todos: motoristas de veículos, de ônibus, caminhoneiros, motociclistas e passageiros de transportes coletivos que são obrigados a passar por muitos minutos e, em alguns casos, por horas, numa rotina estressante de partidas e paradas dos veículos. Os horários mais complicados são nas primeiras horas da manhã e finais de tarde, onde geralmente as pessoas se deslocam para o trabalho e retornam a suas casas, ou estudantes que se dirigem para as universidades da região metropolitana.

A insatisfação ao deparar-se com os chamados "engarrafamentos" é visível no rosto de motoristas. Para quem precisa chegar no horário em algum compromisso ao ter que enfrentar a BR 116 em horários de pico, a sugestão é se deslocar o quanto antes até a rodovia. Fernanda Mônaco, moradora da capital e estudante de direito da Unisinos conta que já perdeu a quantidade de vezes que chegou atrasada às aulas na universidade, em São Leopoldo.
"geralmente quando ocorre um acidente, os motoristas ficam curiosos e querem ver o que aconteceu, atrasando ainda mais o trânsito", analisa a estudante. A mesma opinião é compartilhada por Airton Alves, motorista de uma empresa de ônibus há mais de vinte anos e que faz o trajeto Porto Alegre-Canoas diariamente. Para ele, acostumado a presenciar muitos acidentes na rodovia, o pior erro cometido por motoristas é a distração. "Muitos diminuem a velocidade para ver um acidente e 'quando vê' já estão encostados na traseira de outro carro", diz o motorista.

Para o patrulheiro da Policia Rodoviária Federal, Antônio Gonçalves Lima, a imprudência de alguns motoristas é a maior causa de acidentes na BR 116. ”Muitos fazem manobras arriscadas visando ganhar mais tempo, o que resulta muitas vezes em colisões com outros veículos” Além disso, para ele, o aumento significativo no número de veículos trafegando na BR 116, deixa o transito mais lento em alguns “gargalos”, pontos de concentração de entradas e saídas de outras vias, que dão acesso à BR 166, como nas proximidades com o Aeroporto Salgado Filho, Freeway, e entradas das cidades de Canoas, Esteio e acesso a universidades como a Unisinos, em São Leopoldo.

Soluções ainda demoram a sair do papel

Tema de debates constantes entre autoridades interessadas no assunto, a BR 116 recebe propostas para que os problemas de congestionamento diminuam signficamente. No entanto, poucas soluções de fato foram encontradas até agora. O DNIT, departamento nacional de infra-estrutura e transportes, órgão responsável pela manutenção e conservação da estrada, já anunciou, para empresários e políticos, obras para desafogar o trafego. A previsão do órgão é que até o ano de 2010 as obras estejam finalizadas. O anúncio foi feito em janeiro de 2007, durante uma reunião para envolvidos no assunto. Na ocasião, o superintendente regional Marcos Ledermann, divulgou que mais R$ 500 milhões de reais seriam destinados até o final de 2010 para melhorias nas vias da Região Metropolitana.

O projeto conta com três eixos: modernizar a BR 116, criando uma via expressa; criar o Serviço de Atendimento ao Usuário, com ampliação de serviços para motoristas e a previsão de construção BR-448, chamada Rodovia do Parque.

“Polão” e Anel Rodoviário em debate

Há ainda em discussão dois projetos distintos para solucionar os problemas da BR 116: o Pólo Rodoviário Metropolitano, conhecido como "Polão" e o Anel Rodoviário. As obras do "Polão" prevêem a construção de 41 quilômetros de novas rodovias e duplicação da RS 118. Já para as obras do Anel Rodoviário estão previstas a construção de duas novas estradas que ligariam Porto Alegre a Novo Hamburgo e Estância Velha, somando mais de 90 quilômetros de novas construções.

No entanto, a discussão entre os projetos divide opiniões de especialistas das cidades da região metropolitana e das cidades do Vale dos Sinos, pois além de desafogar o trafego na BR 116, as construções intensificam o desenvolvimento de uma cidade, valorizando seu crescimento e de sua região. Em ambos os projetos está a previsão de instalação de praças de pedágios, o que desagrada a muitos motoristas. "Como sempre, quem paga é o povo. Não planejaram a estrada direito e agora querem arrumar às nossas custas", indigna-se Rafael Correa, morador de São Leopoldo que se desloca diariamente para Porto Alegre, onde trabalha.

As universidades da região metropolitana recebem milhares de alunos diariamente. Uma delas, a (Unisinos), localizada em São Leopoldo recebe centenas, entre alunos e funcionários, de motoristas diariamente em seu campus. Além dos transtornos ocasionados pelos atrasos na estrada, os motoristas que se deslocam até a Unisinos encontram outro problema: a dificuldade em encontrar uma vaga nos estacionamentos da universidade. Para muitos, a tortura no trânsito não acaba ao chegar à Unisinos. O martírio na busca por uma vaga próxima ao centro de aula faz com que muitos motoristas percam mais tempo à procura de um espaço para seu carro. Muitos deles não obtêm sucesso e são obrigados a deixar os carros em locais distantes dos centros. É o caso de Fabricio Nunes, que se desloca da capital para a Unisinos três vezes durante a semana. “Saio do trabalho às 18h 30, enfrento o caos na BR 116 e quando chego aqui, às 19h30, as melhores vagas já estão ocupadas”, reclama Nunes.

Uma opção para os alunos, neste caso, seria utilizar o transporte público, como o Trensurb que faz uma parceria com a Unisinos, cobrando o mesmo valor da passagem unitária para deslocar os alunos da estação até o campus. Outros estudantes ainda utilizam o sistema de transporte coletivo, através de ônibus ou vans. Para estes, no entanto, o contato com a BR 116 é inevitável, mas conta com a socialização do transporte coletivo. Para os motoristas, os transtornos na BR 116 ainda não têm data para acabar, resta aguardar dos órgãos responsáveis, a competência para darem inicio às obras de modernização da rodovia.


Reportagem originalmente produzida para discilplina de Redação Jornalística II
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E já não são poucos . . .

Postado por gritandobaixo On 17:43 0 comentários
Porto Alegre . Bairro Cidade Baixa . Rua Lima e Silva

Noite de terça-feira, 19h30 da noite. Estaciono o carro e caminho em direção ao bar mais próximo para encontrar um amigo.

Homem, negro, jovem se aproxima. Assim, cambaleando ele vem, tropençando, quase caindo. Me afasto, se aproxima novamente; pouca roupa para espantar o pouco de frio que faz. Tênis com as pontas rasgadas, os dedos de fora, mão na boca, boca aberta, cabelo ensebado, olhos arregalados.
Ele não olha nos meus olhos, não olha para a rua, não olha para os carros, já não olha para mais nada...

Mesmo que possa adivinhar minha resposta ele vem, vem e sem hesitar me pegunta:

- tia, tem 10 real pra eu comprá um crack?

No auge dos seus 20 e poucos anos dessa curta vida, esta criatura vê em qualquer coisa que se mova a chance para alimentar seu vício.
E eu ali, paralisada, esperando que ele fosse pedir dinheiro, quem sabe um cigarro, falar uma besteira, só consigo dizer:

- não, não tenho.
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Vai buscar no Google!

Postado por gritandobaixo On 17:15 0 comentários

A partir de hoje, eu não respondo mais perguntas . Vou responder da mesma forma como tenho escutado nos últimos dias : procura no google ! Querem falar comigo? Saber como eu estou . sintam-se à vontade . digita http://www.google.com/ e descubra tudo o que quiser.


- Quer saber a origem do meu nome? Vai no Google
- Minha idade? No Google tem
- A marca do meu carro . ano . modelo?
- O desejo da minha mãe quando estava grávida de mim?
- O que eu almocei ontem?
- Quantos anos perdi minha virgindade? Só no google . . .

Quer saber mais? Lá tem de tudo . . .

- A notícia mais atualizada?
- O livro mais vendido?
- A marca de cigarros do keith Richards?
- O antes e o depois de um Senador que arrumou os dentes
- Os impronunciáveis nomes . as nacionalidades . a orientação sexual que eles terão . o mapa astral dos 5 filhos da Angelina Jolie e Brad Pitt? Lá você encontra
- Busca emprego? Acabou o problema!
- Uma monografia prontinha pro Trabalho de Conclusão? Que tal?
- Quer um empréstimo? Milhares de opções para escolher
- O telefone de alguém . endereço . CEP . RG . CPF e até sua classificação no vestibular?
- Quer se achar? Procura o Google mapa
- Quer perder barriga? Ginástica para todas as idades . . .
- Saber todas as posições do kama Sutra . com gráficos . fotos e vídeos para ilustrar? Lá tem. . .

Todo mundo deve ter um Grande Q.I . por que todo mundo indica o Google!

IMPRESSIONANTE!
Pra quem tem preguiça de pensar e dizer: "não sei" , "não lembro" , "não faço idéia", "desconheço", "nunca ouvi falar" ele é a resposta certa, na ponta da língua e em várias línguas. Acho que deve ter google até em tupi-guarani . . .

O Google é pra aqueles que sempre gostam de ter uma resposta, mesmo que esta resposta seja uma grande pergunta. Não se bastam com um simples "não sei" .

Não saber alguma coisa é algo abominável nos últimos dias, já que todo mundo sabe tudo, entende de tudo, saca de tudo e tem a ensinar a todos sobre o tudo .

O Google é o último refúgio pra aqueles que não querem admitir o "não saber" . E eu que pensava que a gente não sabia de tudo . que sempre tinha algo mais a aprender . . . .

É isso, para muitos o Google é o apoio: a salvação. A primeira e única fonte de pesquisa, seja qual pesquisa for . O google é bonitinho, coloridinho, sempre com uma novidade e, claro, fácil, muuuito fácil. As pessoas se desacostumam com coisas dificeis, complicadas, trabalhosas. Preferem o caminho mais fácil, o pronto, o limitado, mesmo que ele seja tão ilimitado .

Tá aí! Cansei de perguntar sem ter resposta pensada, com reflexão, escrita, falada, digitada . . Não sei mais nem da minha vida . Vou até a perguntar pro google , pra ver se eu descubro a data da minha próxima ovulação . . .

E viva o mundo da preguiça ! Salve os adoradores do Google!
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    About Me

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    Luciana! Estudante de jornalismo e fotógrafa amadora nas horas vagas e gritando constantemente contra as injustiças do mundo real.